sábado, 2 de abril de 2011

METALURGIA ? PENSE DUAS VEZES.

Hoje, sexta-feira, em razão do acúmulo de serviços, graças a Deus, cheguei ao meu escritório às 7:00 horas. Por volta de  9:00 horas desci até a Padaria Pão Tentação para tomar um café e refrescar a cabeça. Ali chegando, vi três jovens que também faziam um lanche. Vestiam uma camisa preta que indicava que eram estudantes de Engenharia Metalúrgica. Aí, tomando meu café e comendo um delicioso pastelzinho, comecei a pensar. Estes meninos não sabem o que estão fazendo. Metalurgia??  Tá por fora. E isto eu falo de cadeira. Minha formação técnica foi exatamente em Metalurgia. Trabalhei 26 anos nesta área. Por  12 anos no CENTEC lecionei as matérias de Metalurgia Física, Conformação Mecânica, Metalurgia Geral e Química. Ao contrário do que possa parecer, não sou um ex-metalurgista frustrado. Gostava da minha profissão. Mas uma coisa aprendi; quem faz Metalurgia está fadado a ser empregado pelo resto da vida. Isto porque, tão logo termine o curso, não tem outro caminho, vai se candidatar a um emprego em uma siderúrgica. E na siderúrgica, como é o caso na nossa cidade, vai entrar para o trabalho às 6:50 horas, sair por  volta de 18:00 horas e ainda levar serviço para casa. Se der sorte, após  10 a 15 anos obterá um cargo de chefia. Isto ocorre na proporção de 10 para 1, ou seja, de cada  10 engenheiros, apenas 1 terá sucesso profissional. Pelo menos na minha época era assim. Nas outras áreas a coisa é diferente. Por exemplo, se um jovem se forma em Jornalismo, Direito,  Ciência Contábeis e inúmeras outras, não vai, necessariamente, depender de ser empregado, pode, perfeitamente, trabalhar por conta própria. E como é bom não ter chefe .E para terminar vou escrever o que ouvi, não me lembro de quem “quem sabe quanto vai receber no fim do mês, gasta antes de receber, ao passo que o profissional liberal não sai da retranca, só gasta depois que recebe. Este é  o segredo.
Por fim, quero deixar claro que respeito a vocação de cada um, desde que seja uma coisa pessoal e não imposta.
Até breve!!!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

RESPINGOS DO PASSADO - IV

No tempo em que andávamos descalços tinha um problema, para assistir ao matinê, no Cine Monlevade, não podia entrar descalço, então, a solução era um emprestar um pé do Kichute, precata roda (era a Alpergatas) ou sapato  vulcabrás (era o chic) para um amigo e cada um entrava com um pé calçado e o outro com um esparadrapo.

Até breve !!!

quinta-feira, 31 de março de 2011

RESPINGOS DO PASSADO - III

Quando a radio Cultura iniciou as transmissões dos jogos de futebol no Campo do Jacuí, o Curió, ídolo maior da torcida do Metalúrgico, para não dar entrevistas para o Maurício Reis ou o Sabará, ficava do outro lado do campo, onde os fios dos microfones não iam. E Curió, terminantemente, não atendia aos insistentes gritos dos ilustres repórteres. Não era máscara, era timidez mesmo.

Até breve!!!

terça-feira, 29 de março de 2011

RESPINGOS DO PASSADO - II

Minha geração iniciava os estudos aos setes anos completos. Antes dessa idade ninguém nos enchia o saco para aprender a ler ou escrever. Vivíamos tranquilamente a nossa infância. Naquela época, ao terminar o quarto ano primário, quem optasse para fazer o curso ginasial tinha que se submeter a um curso preparatório que se chamava “ADMISSÃO”. Fazia-se primeiro a “ADMISSÃO DE 3 MESES”, estudando Português, Matemática, História e Geografia. Quem conseguisse uma média de 5 (cinco), estava apto a ingressar no curso ginasial, quem nâo conseguisse (que foi o meu caso), tinha que fazer a “ADMISSÃO DE 1 ANO”, o que significa dizer que tinha que ficar 1 ano estudando Português, Matemática, História e Geografia, para depois, se obtivesse a média 5, entrar para o curso Ginasial. Se não conseguisse, começava tudo de novo. Era perda de tempo ou não?