domingo, 9 de setembro de 2012

LEMBRANÇAS DA PRAÇA DO CINEMA.


 

 

A PRAÇA DO CINEMA

 

 

João Monlevade. Década de 60. A praça Ayres Quaresma, mais conhecida como praça do cinema era o “point” da época.Naquela praça não tinha jardim e nem tinha um coreto, como qualquer praça, Havia ali duas arvores e em volta das mesma tinha uma proteção de cimento em circunferência que servia da banco. Alí, durante o dia era utilizado pelos alunos e alunas do Colégio e, à noite, pelos ébrios que saiam do Bar Para Todos, do União Operário e do Ideal Clube.

 
 

Era nessa praça que ficava o ponto de ônibus, E só havia dois itinerários; Vila Tanque e Carneirinhos. Quanto às magistrais construções, propriamente dita, de um lado antigo o Grupo Escolar, que a partir de 1965 passou a funcionar  o Colégio Estadual, vindo do antigo “Ginásio de Tábua”, Do outro lado havia o “Bar do Sr. Simões”, que antes era do Sr. Monteiro e era um pequeno cômodo, mais propriamente um “Café-Bar” . Seguindo, tinha as duas bilheterias do “Cine Monlevade” e depois o salão de entrada, onde ficavam os cartazes dos filmes da semana. Logo depois, o carrinho de pipoca do Sr. Artur, que depois passou a ser do Nonô (do churrasco) e em seguida a entrada do Ideal Clube. Depois. O famoso Bar “Para Todos”, do Sr. José Luiz (fundador da “Casa de Irene”. Lembram? Ali, no bar Para Todos, o “bicho pegava”, era o local que a turma tinha para encher a cara e afogar as mágoas. Seguindo, tinha a agência do IAPI, atual INSS, depois tinha o “Foto Diló”, a “Barbearia do Sr. Batista”, onde, dentre outros, trabalhava o Garrincha, Murrinha, Jaime e Tião,  e, no final, o “Clube União Operário”. Logo depois descia-se uma escada e havia um sanitário público, só para homens. Neste sanitário, num dia 24 de dezembro, um sábado de 1964, ocorreu uma tragédia, que foi, inclusive, tema de uma crônica já publicada no Jornal “Morro do Géo”.
 
 
 
 
Mas voltando à praça, seguindo na direção da portaria da Belgo, tinha a porta de entrada do local onde ensinava-se costura, através do SESI. Em seguida tinha uma banca de revista, a “Banca do Baixinho” e depois, uma saída do Cine Monlevade e a entrada da “Rádio Cultura”. Depois tinha o “Banco Comércio e Industria”, que também era chamado de “Banco do Sr. Macedo”, o Correio e depois a Farmácia da Belgo. Em seguida tinha o prédio da “Assistência Médica” e depois a portaria de entrada da Belgo

 
 
 

Em frente da Assistência Médica ficavam os pontos de ônibus, e para que não se lembra, havia lá um carrinho que vendia pasteis e guloseimas, se não me engano, um dos proprietários daquele carrinho era o Pierre.

 

E por falar em comércio, não podemos esquecer do Batatinha vendendo o delicioso amendoim torrado, próximo ao bar do Sr. Simões e dos animados engraxates que ficava do lado oposto da rua.

 



De toda esta maravilha arquitetônica sobrou apenas, e felizmente, o prédio da antiga Assistência Médica e ...


 
do Colégio, onde hoje estão os escritórios da ArcelorMittal.
 
 
Até breve !!!!

 
 
 
 
 
 
 
 
 

sábado, 8 de setembro de 2012

TRIBUTO AO SAUDOSO VIADUTO.


 

 

O VIADUTO

 

 

O viaduto era uma construção esplêndida, tanto no aspecto técnico de sua construção como sua arquitetura e utilidade. De fato, para a época em que foi construído o viaduto foi uma construção arrojada e de extremo bom gosto arquitetônico. Na verdade é quase impossível descrevê-lo, somente quem o conheceu e dele se utilizou pode entender o que estou tentando dizer. Vou tentar descrevê-lo de acordo com minhas parcas possibilidades de escrivinhador.
 

 

O viaduto iniciava na Praça do Cinema com as escadarias frontais e sem proteção lateral, onde subia-se 65 degraus. Após o último lance dessa escadaria frontal iniciava o viaduto propriamente dito que iniciava com um lance de treze degraus.  Era tipo uma passarela, com uma largura em torno de dois metros e meio, ai sim, tinham as proteções laterais.  Após subir este primeiro lance, andava-se uns dez metros e subia outro lance  com mais treze degraus. Assim, seguia-se em linha reta em mais cinco  lances planos e cinco lances de escadas, portanto, mais sessenta e cinco degraus, logo, já são 130 degraus. Mas ainda não acabou. No final desses cinco lances e escadarias, à esquerda, tinha uma das portarias de entrada para a Belgo. Depois da portaria, o viaduto fazia uma curva de 90 graus para a esquerda, seguia paralelo à portaria e, em seguida, mais três degraus, virava um pouco para direita andava uns cinco metro e terminava o viaduto. Daí, subia-se um pequeno morro de mais ou menos trinta metros e chegava, enfim, na Rua Tamoios. Do lado esquerdo tinham três feiras que vendiam de quase tudo, atendiam as Ruas Tamoios, Tabajaras e Aimorés. Ali era onde os caçadores e pescadores, dos quais me lembro do Senhor Gemi e Senhor Domingos Papa, de vez em quando lá aparecia também o Senhor Gentil, que ficavam por ali contando seus causos “rigorosamente verdadeiros”, mesmo porque caçador e pescador detestam mentiras. Ficavam bravos quando alguém duvidava de suas façanhas.

 

A utilidade daquele viaduto decorre do fato de que atendia as Ruas Tamoios – mais ou menos 130 casas – Rua Tabajara – mais ou menos 100 casas e Rua Aimorés – mais ou menos 90 casas -. Assim, partindo-se do princípio de que naquela época cada família era constituída, em média, de 5 pessoas, chega-se em torno de 2000 pessoas, além da Pensão Grande, na Rua Tabajaras, cuja arquitetura era igual ao Hotel Santo Eloi. Ali moravam em torno de umas 60 pessoas. Era o melhor local para pegar sapato para engraxar. Carreguei marmita para muitos daqueles pensionistas, Fui boieiro e engraxate.  

 

 

sábado, 11 de agosto de 2012


A FALTA DE VERGONHA DOS SENADORES

 
Existe uma discussão entre a Receita Federal e os Senadores sobre a questão do pagamento do Imposto de Renda sobe os 14º e 15º salários. Segundo José Sarney existe o decreto que isenta os Senadores de pagar Imposto de Renda sobres estas parcelas. Vejam que cara de pau. Legislando em casa própria eles mesmos os isentaram deste pagamento.  Mas isto ainda não é nada, o que nos deixa indignados é o fato daqueles improdutivos e corporativistas politicos receberem 14º e 15º salários, ao passo  que todo trabalhador, que de fato trabalha e produz, recebe apenas o 13º salário. Plagiando o Boris Casoy: ISTO É UMA VERGONHA.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O CASTELO ANEXO DA CÂMARA

É certo que o poder para decidir sobre a construção do anexo da câmara está nas mãos dos vereadores. Por outro lado, é também certo que o poder do voto está em nossas mãos. Portanto,  como parece ser inevitável a construção do tal anexo, uma vez que todos os vereadores preferem seguir o Pastor/Presidente, em detrimento do interesse público, vamos fazer o seguinte;  no dia 7 de outubro, vamos mostrar  também a nossa força, através do nosso voto e não votar em nenhum dos vereadores que aprovaram o tal projeto, assim, pelos menos eles não irão usufruir do “castelo” que será construído em total afronta ao interesse público e estaremos contribuindo para uma total e necessária  renovação no poder legislativo municipal.

Até breve!!!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

CAMARA MUNICIPAL E A TEORIA DA INATIVIDADE LUCRATIVA.


CÂMARA MUNICIPAL : A TEORIA DA INATIVIDADE LUCRATIVA.

Lendo hoje sobre o salário dos vereadores de nossa cidade, uma coisa me fez raciocinar e chegar à seguinte conclusão: se os nobres vereadores  tivessem tomado posse em 01/01/09 e já entrassem em recesso logo a partir de 02/01/09, ou seja, se a Câmara simplesmente não viesse a funcionar, mesmo com a despesa dos salários que seriam pagos, a cidade, e, consequentemente, nós contribuintes, sairíamos no lucro. Senão vejamos: Se não houvesse funcionamento na Câmara, não haveria autorização para venda de terrenos públicos, não haveria autorização para permuta de imóvel publico, não haveria necessidade de aumentar o espaço físico do prédio da Câmara, não haveria autorização para que o Executivo pudesse contrair vultosa dívida através de empréstimos para socorrer a incapacidade administrativa,  não haveria autorização para o DAE doar aquela importância, que agora está fazendo falta ao próprio doador, não haveria a briga por causa do Crucifixo, não haveria gastos com telefone, energia elétrica, internet, cafezinho, papel higiênico, caneta, tinta, e outros insumos. Gastar-se-ia somente com o pagamento do salário dos vereadores, e, considerando-se, que até agora, com mais de três anos de mandato, os vereadores não fizeram absolutamente nada de interesse público capaz de justificar o mandato por nós outorgado, não resta outra conclusão senão de que a total inatividade dos nossos (nossos não, seus) representantes no legislativo seria altamente lucrativa., não só para a cidade e para nós contribuintes, mas também para os próprios vereadores que não se desgastariam tanto trabalhando de duas a três horas por semana.

Até breve!!!