quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

GOL


GOL ...  ONTEM E HOJE


Pelé fez mais de um mil e duzentos  gols comemorando da mesma forma. Reinaldo Lima, maior artilheiro em média de gols por partida em um só campeonato, quando fez vinte e oito gols em dezoito partidas, em 1977, também sempre comemorou da mesma forma. Sócrates nunca comemorou os muitos gols assinalados em sua carreira.  Estes, e muitos outros artilheiros do passado, eram atletas que de fato honravam a camisa que vestiam, ao contrário dos meros atletas-mercenários de hoje, que a cada temporada estão beijando o escudo das mais diversas camisas.

O que se via era os verdadeiros atletas, comprometidos com o time, treinando com dedicação e com o único objetivo de encontrar o caminho da vitória. E encontravam.  A comemoração era um detalhe, era algo que partia de dentro, uma explosão de alegria, natural e espontânea.

Hoje, estes atletas-mercenários usam o tempo destinado aos treinamentos apenas para ensaiar ridículas coreografias para comemorar os escassos gols. Escassos porque, na maioria das vezes,  quando muito, fazem seis a sete gols em uma temporada. É muito ensaio coreográfico para poucos gols.

Realmente, é irritante ver um “cabeça de bagre”, após um jejum de oito a dez partidas fazer um golzinho qualquer, às vezes até através de uma simples cobrança de pênalti,  apresentar aquelas ridículas coreografias, verdadeiras palhaçadas que nada tem de natural, de alegria, de explosão, de espontaneidade. Chega-se ao absurdo de tirar a camisa, jogá-la no chão e até mesmo chutá-la.

Para que estas palhaçadas coreográficas  não ofusquem o objetivo de uma partida de futebol e venham a se tornar mais importante do que o próprio embate, faz-se necessário medidas urgente, tais como; proibir que o atleta saia das quatro linhas e tire a camisa para comemorar um gol, sob pena, não de cartão amarelo, mas expulsão sumária.