sexta-feira, 17 de setembro de 2010

APARTIDÁRIO SIM SENHOR.

Apolitico ou apartidário? Eis a questão.É comum ouvir alguém dizer, com aparência de convicto, que detesta politica. Coloca-se na condição de APOLITICO. Falsa ilusão. Evidentemente que aquele que assim se expressa está se referindo à Politica Partidária, porque da politica em si ninguém escapa. Não tem jeito. E para aqueles que se consideram apoliticos convictos basta lembrar Aristóteles, que do alto de sua sabedoria já dizia que "TODO SER HUMANO É UM SER POLITICO", partindo-se do pressuposto de que ninguém consegue viver sozinho e necessita criar laços de cooperação mútua.

O que se pode ser, no mínimo, é APARTIDÁRIO, e dentre esses me incluo, uma vez que me considero um apartidário convicto. Apartidário, sim senhor. E por que? Simples. É que do meu ponto de vista no Brasil não existem partidos politicos na acepção da palavra. O que existe é um "ajuntamento" de pessoas que, salvo felizes e raríssimas exceções, estão interessadas em defender unicamente o próprio interesse filiadas a uma sigla partidária. Falta a excencia, a ideologia partidária. Recomendável seria que cada partido politico tivesse sua identidade própria, suas metas e objetivos. No entanto, o que se vê é uma grande palhaçada, onde todos os candidatos, antes de se elegerem, apresentam "soluções" para todos os problemas, até para aqueles que eles sequer conhecem. Falam por ouvir dizer.

A bem da verdade nem os próprios candidatos, eleitos ou não, são adeptos fieis a algum partido, haja vista ser comum ouvir um pretenso candidato dizer que vai se transferir (ou filiar) para outro partido porque lá teria chance de sair candidato. Isto, em termos de visão ideológica é um absurdo que só serve para provar que o "bacana" quer mesmo é defender o seu lado, que a ideologia vá para as cucuias e que nós nos explodamos. Em relação aos eleitos, a bagunça era tanto que foi necessário editar a "Lei de Fidelidade Partidária" para tentar diminuir o ímpeto ambicioso e imoral  de nossos "nobres (?) representantes". Outro absurdo; precisar de uma lei para obrigar alguém a ser fiel a seu partido. Isto não existe. Mesmo porque, ser fiel é uma questão de ética, coragem e honestidade, três condições que, definitivamente, não figuram no vocabulário dos politicos em nosso país. Mas isso pode e deve mudar. Depende de nossa consciência.

Confesso que já tive a opinião de que poderia viver totalmente insensível quanto aos temas politicos, mas a cada dia que passava percebia que não poderia ficar indiferente quanto às decisões que afetam a vida de milhões de pessoas e cheguei à conclusão que poderia continuar sendo politicamente apartidário sem, no entanto, abrir mão de minha consciência politica.

E é por essas e outras, que, embora apartidário politicamente, me reservo o direito de, nesse blog, emitir minhas opiniões, críticas e sugestões.

Até breve.

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