sábado, 18 de setembro de 2010

PRAÇA DO MERCADO.


Esta foto  foi feita de uma posição privilegiada. O enquadramento é perfeito. Lá no alto, acima da cúpula da Belgo, tem uma casa separada das demais da Rua Tabajaras. Aquela casa era para a época quase uma mansão. Do que me lembro ali morava um Chefão da "Macarenhas Barbosa & Roscoe", empreiteira muito forte e responsável pelas construções da época, inclusive do conjunto arquitetônico da praça do cinema.  Aparece também uma parte do viaduto e do colégio. Abaixo e ao fundo aparece a Padaria e o Armazém do Géo. Da praça do mercado, nesta foto aparece o prédio onde funcionou o "Empório Tecidos", o frigoríficio do "Loyde" e açougues.Aparece também o mercado do "Zé Cravo" e a feira do Sr. Juquinha. Do lado esrquerdo, que não aparece na foto, tinha ainda a relojoaria do "Didico", a Loteria do "Ze Geraldo", a alfaiataria do "Zé Trindade", outro açougue, o Bar Princesinha (onde tomei o primeiro copo de cervja), que era do Sr. Agenor e de Dona Conceiçao Malta, a loja de discos do Nicolau Machado, a Farmácia do Juventino, a Casa Braz, a loja do Sr "Zé Gordo", a Casa Maluf da Dona Farid (que ainda existe em Carneirinhos), a Casa Jaime, o Bar "Casa Vera", o SAPS  e a "CAIXA". O "SAPS" era o que hoje chamamos de supermercado, depois passou a se chamar COBAL. A "CAIXA" era no mesmo estilo, só que mantida pela Belgo. Todos  que lá trabalhavam eram empregados da Belgo. Ali os empregados faziam suas compras e, se tivessem interesse, poderiam pagar mediante desconto no pagamento. Naquele local, posteriormente, passou a funcionar o "Supermercado Bandeirantes". Aí acabou a moleza para os empregados da Belgo.

As carroças que aparecem na foto eram o meio de transporte das compras. Ninguem tinha carro, e levar as compras nas costas era impossível, pois eram fartas, eis para durar todo o mês, ou seja, era um saco de arroz, um saco de feijão, um saco de açucar, e po ai vai. E além das compras, o coitado do animal tinha que suportar o peso do carroceiro, e, via de regra, o dono da compra também pegava uma carona. E lá ia o coitado do animal subindo o morro do Géo. Por isso, e´que quando tinha que se fazer algo impossível, dizia. NEM O BURRO DO GÉO.

Até breve.

Um comentário:

  1. Ola Taquinho! Em 1981, qdo fui seu aluno de quimica no CENTEC, percebi esta sensibilidade que eh sua e que hoje vc demonstra atraves de seus textos e fotografias. Naquela oportunidade vc nos recebeu dizendo que ja eramos seus colegas de profissao, no caso Tecnicos Metalurgicos. Depois nos encontravamos no DM da Belgo onde vc trabalhava e eu no CCE, junto do Jocely, Assis e Quaresma. Tempos bons que deixaram boas lembrancas.
    Qto ao seu blog, digo que vc encontrou um nicho legal, pois os comentarios detalhados dos lugares e curiosidades que vc narra, complementa o maravilhoso trabalho que o Marcelo desenvolve no Morro do Geo. Parabens e saiba que vc tem mais um leitor para seu blog.

    Claudio Gomes - BH

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